terça-feira, 23 de abril de 2013

Fala-me de ti

Sei poucas coisas sobre ti, sei que não conheço nem metade da metade de ti. Sei que já sofreste, que já choraste independentemente da cara que mostras, independentemente do que digas, das palavras que saiam dos teus lábios desenhados com os mais leves traços de carvão pintados com o mais brilhante tom de rosa.
Danças com o vento, mas a história é outra. Aparentas belos e finos traços de porcelana, as tuas roupas esvoaçam tal e qual o teu cabelo que brilha e esconde os teus olhos molhados das lágrimas que tanto escondes.
Estás feliz, mas já estiveste triste, tens um sorriso subtil, mas eu continuo sem saber nem metade da metade do teu ser.
Tenho muito a descobrir nas tuas palavras codificadas, nas tuas meias histórias, nas tuas meias frases, meias palavras…
Sabemos que não dizes nem dirás metade do que me queres contar, do que queres dizer.
Não há grande coisa de novo para fazer, mas juntamente, o teu ser e o meu, vão conseguir abrir as portas do que para mim é desconhecido e fazer voltar a mim as asas da imaginação, fazendo-me pintar a mais bela obra de arte alguma vez vista, alguma vez criada, num véu que trará de volta ao que sou, a luz, escondendo a escuridão do meu ser, tirando-me da ignorância da melodia que eu ouço, por não saber qual é a verdadeira melodia do teu ser.