Danças com o vento, mas a história é outra. Aparentas belos
e finos traços de porcelana, as tuas roupas esvoaçam tal e qual o teu cabelo
que brilha e esconde os teus olhos molhados das lágrimas que tanto escondes.
Estás feliz, mas já estiveste triste, tens um sorriso
subtil, mas eu continuo sem saber nem metade da metade do teu ser.
Tenho muito a descobrir nas tuas palavras codificadas, nas
tuas meias histórias, nas tuas meias frases, meias palavras…
Sabemos que não dizes nem dirás metade do que me queres
contar, do que queres dizer.
Não há grande coisa de novo para fazer, mas juntamente, o
teu ser e o meu, vão conseguir abrir as portas do que para mim é desconhecido e
fazer voltar a mim as asas da imaginação, fazendo-me pintar a mais bela obra de
arte alguma vez vista, alguma vez criada, num véu que trará de volta ao que sou,
a luz, escondendo a escuridão do meu ser, tirando-me da ignorância da melodia
que eu ouço, por não saber qual é a verdadeira melodia do teu ser.
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